O aquecimento do setor da construção civil está obrigando o consumidor a esperar semanas – muitas vezes, até um mês – para receber produtos como ferros, madeira e cimento.
Nas empresas que fabricam tijolos, o funcionamento muitas vezes acontece durante as 24 horas do dia. Mesmo assim, uma olaria de Brasília foi obrigada a recusar pedidos por não ter como aumentar ainda mais a produção.
Em Brasília, o milheiro de tijolos está 20% mais caro. E quem encomenda precisa esperar. “Nós entregávamos no dia seguinte, no máximo em dois dias”, diz Daniel Nascimento, gerente administrativo da olaria. Hoje, ressalta ele, o cliente tem que esperar pelo menos dez dias.
Em Porto Alegre, as vendas de tijolos, cimento e ferro dispararam. A explicação é simples: há muito mais obras. No país inteiro, a construção civil terminou o primeiro semestre com crescimento de 10% comparado ao mesmo período do ano passado.
No Pará, o cimento subiu 40% em um mês. E a entrega demora, no mínimo, uma semana. Em Goiás, o preço do ferro para construção subiu 65%. As entregas dos produtos usados pelo setor só depois de um mês.
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