A falta de cimento nos depósitos de materiais de construção em Ribeirão Preto tem causado transtornos para as construtoras e pedreiros. O forno da maior fábrica fornecedora de cimento quebrou e a falta da matéria-prima começa a atrasar as obras e obrigar os comerciantes a racionar o produto.

Em praticamente todas as construções da cidade falta o material. Uma distribuidora está comprando marcas menos conhecidas e, mesmo assim, o estoque só tem 1/4 da capacidade. A ordem é evitar o desperdício. Até o que cai no chão é reaproveitado. O produto é racionado e cada cliente tem uma determinada cota. “É um prejuízo. Não podemos atender clientes novos e os outros têm que reduzir a 10 sacos por cliente no máximo”, explica.

Segundo os comerciantes, o preço teve altas sucessivas. A última no início deste mês foi de 4%, repassada aos clientes. O motivo é o aquecimento do setor. Em Ribeirão Preto, por exemplo, dados da Secretaria de Planejamento, mostram que o número de metros quadrados construídos aumentou 60% nos oito primeiros meses deste ano em relação a 2007.

A empresa fornecedora de cimento confirmou o problema no moinho da indústria em Itaú de Minas.