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29/10/2008
Banco Central decide hoje o que fazer com os juros.
Fonte: G1
Resumo: Governo começa a distribuir a ajuda de R$ 3 bilhões ao setor de construção. No mercado, são muitas incertezas.
O mundo vive a expectativa de novas decisões sobre a taxa de juros, crescimento, consumo e muitas preocupações. Lá fora, os juros devem cair hoje nos Estados Unidos e no Japão só na sexta-feira. No mercado asiático, o clima foi de atordoamento, com forte alta em Tóquio e queda mais acentuada nas outras Bolsas. A Europa ainda está em euforia, com altas de até 6%.

No Brasil, a dor de cabeça é outra: dólar, inflação e consumo. São muitas incertezas. Analistas têm muitas incertezas, mas uma aposta que é dada como certa: que a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) hoje será longa e difícil. Os juros são um remédio amargo, mas às vezes necessário.

Hoje o Federal Reserve, o Banco Central americano, deve anunciar a decisão a respeito da taxa de juros por lá. No Brasil, a Selic, como é chamada a taxa básica de juros, sofreu aumentos nos últimos meses que tinham como objetivo controlar a inflação. Quando parecia que tinha funcionado, o aumento do dólar veio complicar tudo.

Trata-se de uma injeção de confiança para equilibrar perdas gigantescas. Em todo o mundo, os investidores estão bem-humorados. Em Nova York, em Frankfurt e em São Paulo, a Bolsa de Valores disparou depois de cinco quedas seguidas.

“Como você não sabe qual vai ser o tamanho da recessão nem a duração dela, fica difícil fazer conta com relação a quanto vale uma empresa. Esse é um reflexo exatamente dessa falta de parâmetros para saber qual é o valor justo dos ativos, nesse caso as ações”, afirma Luis Otávio Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil.

Nos Estados Unidos, um dos principais motivos dessa animação é aposta de que o Federal Reserve deve cortar os juros nesta quarta-feira (29). No Brasil, o Banco Central também decide hoje como fica a taxa básica.

Há uma semana, o mercado dava como certo que o Comitê de Política Monetária (Copom) manteria a política de juros altos. Mas agora economistas e analistas financeiros estão divididos. Há uma boa parcela que aposta que o Copom deve manter a taxa Selic como está, em 13,75%.

“O mundo inteiro abaixa juros, porque se tem um medo de uma recessão mais forte. Por mais que o Brasil ainda esteja numa situação melhor, essa recessão pode chegar aqui. Eu acho que faria mais sentido o Banco Central esperar para não sacrificar emprego e para conseguir colocar a inflação na meta”, disse Celso Boni Junior, chefe de análise da Link Corretora.

Mas para muitos operadores e investidores, na balança do Comitê de Política Monetária a alta acumulada do dólar deve pesar. Mesmo com a queda de mais de 3% na terça-feira (27), a moeda americana já subiu 14,5% em outubro. É um cenário bem diferente da última reunião, em setembro.

“A alta do dólar terá um impacto muito grande na inflação desse ano, mas principalmente no ano que vem. Ainda é necessária que continue se apertando a política monetária, aumentando os juros, para que a inflação fique sob controle em 2009”, defende o economista do Banco Real, Cristiano Souza.

Para o economista-chefe do Banco Santander, Alexandre Schwartzman, a decisão desta quarta será uma das mais difíceis que o Copom terá que tomar.

“Mesmo sob hipóteses favoráveis, a gente está falando de um choque que pode levar a inflação do ano que vem, se nada for feito, em alguma coisa de 2,5% ou mais. O Banco Central, se não tratar disso agora, lá na frente ele vai tratar de um problema maior”, alertou o economista-chefe do Banco Santander, Alexandre Schwartzman.

Os analistas reconhecem que acertar a dose dos juros é tarefa das mais difíceis. Se os juros caem muito, o consumo aumenta demais e a inflação sobe. Se os juros aumentam muito, aí o consumo se retrai e o país entra em recesso. Vale lembrar que a bolha de consumo nos Estados Unidos arrebentou quando o Banco Central de lá aumentou os juros.

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